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sábado, 27 de julho de 2019

OBRAS DE ARTHUR BISPO DO ROSÁRIO

Arthur Bispo do Rosário perambulou numa delicada região entre a realidade e o delírio, a vida e a arte. No refúgio de sua cela, BLOCO 10 ULISSES VIANNA na COLONIA JULIANO MOREIRA, Jacarepaguá o paciente psiquiátrico produziu mais de OITOCENTAS  obras consagradas no mercado internacional de arte contemporânea. Criou um universo lúdico de bordados, assemblages, estandartes, esculturas e outros objetos.

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ASSEMBLAGE ou ASSEMBLAGEM
- É um termo francês que foi trazido à arte por Jean Dubuffet em 1953. Usado para definir colagens com objetos e materiais tridimensionais.
Com o objetivo de reconstruir o mundo, Bispo reúne objetos retirados de seu ambiente cotidiano, utilizando seus próprios critérios de “organização das coisas”, como ele mesmo dizia. Após a seleção das peças, o artista as prende em placas de madeira ou papelão, se preocupando com a base, pois eram feitas para serem expostas no chão e apoiadas em paredes. Essas são as assemblagens de Bispo do Rosário, chamadas por ele de vitrines.






















































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Utilizou sobras de materiais dispensados no hospital para criar suas obras, inventando um mundo paralelo, feito para Deus; decidiu que a maneira de salvar os objetos seria recobri-los com fio.
E passou a fazê-lo, desfiando o tecido de seu próprio uniforme para, com o fio assim obtido, envolvê-los.
ORFA - Objeto Recoberto por Fio Azul(O.r.f.a.) São as obras criadas por ele a partir dos fios de suas roupas e de outros internos da Colônia Juliano Moreira.












































































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OS BORDADOS

Bispo desfiava o próprio uniforme azul do manicômio, e aproveitava fio por fio, para costurar e bordar usou lençóis, cobertores e uniformes.



Manto da apresentação (frente)


Manto da apresentação (costa)


Manto da apresentação(costa) e detalhe do avesso



Manto da apresentação totalmente aberto

Manto da apresentação (avesso)totalmente aberto



Manto da apresentação(avesso) costa do manto no cabide





























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Os estandartes são todos bordados, com palavras e desenhos que geralmente traziam parte de sua própria história de vida, como os navios, por exemplo, que são figuras muito presentes em seus trabalhos devido ao período em que trabalhou na marinha



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ESTANDARTE NAVIOS DE GUERRA - FRENTE E VERSO




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                                                                         ESTANDARTE A HISTORIA UNIVERSAL,



DETALHE DO ESTANDARTE A HISTÓRIA UNIVERSAL: A insígnia  é  um  “sinal  distintivo  que  é atributo de poder, de dignidade, de posto, de comando, de função, de classe, de cor,




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ESTANDARTE MAPA DA COLONIA JULIANO MOREIRA (Frente e verso)



DETALHE DO BORDADO NO  ESTANDARTE  MAPA DA COLONIA : O  astrolábio,  é  
um  instrumento naval  antigo,  usado  para  medir  a altura  dos  astros  acima  do  horizonte.  Inventado  por  Hiparco  de Nicéia,  era  usado  para  determinar  a  posição  dos  astros  no  céu e  foi  por  muito  tempo  utilizado como instrumento para a navegação marítima com base na determinação  da  posição  das  estrelas no  céu.  Mais  tarde  foi  simplificado e substituído pelo sextante.



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Os fardões contêm bordados  de nomes de pessoas que passaram por sua vida, como os membros da família Leoni e os funcionários na Colônia Juliano Moreira.





EU VIM. Farda tipo militar, azul marinho com 4 tiras amarelas (plásticas), nos punhos; bordada com floral e nomes próprios, em linha branca.






, Japona de lã azul-marinho, gola de veludo lilás, com nomes e ornamentos bordados e numa das mangas, escala de cores


“Capa de Exu”(LÁZARO, 2006, p. 220 –Foto de Rodrigo Lopes)Não encontrei nas fontes nada que indicasse como Bispo entendia a referida peça.  Será  que  intencionava  vesti-la?  Em  qual  ocasião?  O  que  ela  representava para  ele? De  forma  equivocada,  Exu  é  muitas  vezes  associado  à  figura  do  diabo cristão; descrito como um deus voltado para a maldade, para a perversidade, que se ocuparia  em  semear  a  discórdia  entre  os  seres  humanos.  Talvez  Bispo  tivesse introjetado esse discurso e a “Capa de Exu” simbolizasse, na sua cosmogonia, o Diabo,  o  mal  que  o  personagem  deveria  enfrentar  no  dia  do  Juízo  Final,  antes  de ascender aos céus. Conforme  Aquino  (2006,  p.  47)  a  peça  era  pouco  conhecida  pelo  público. Segundo  ele,  tal  fato  deve-se  ao  “esforço  de  braquificação  de  Arthur  Bispo  do Rosário”, empreendido por alguns críticos de arte e também pela imprensa, que não intencionavam colocar em evidência a negritude ou a presença da cultura de origem africana  em  suas  criações.
“Capa de Exu”
(LÁZARO, 2006, p. 220
Foto de Rodrigo Lopes)
Não encontrei nas fontes nada que ind
icasse como Bispo entendia a referida
peça. Será que intencionava vesti
-
la? Em qual ocasião? O que ela representava
para ele?
De forma equivocada, Exu é muitas vezes associado à figura do diabo
cristão; descrito como um deus voltado para a maldade, para a
perversidade, que se
ocuparia em semear a discórdia entre os seres humanos. Talvez Bispo tivesse
introjetado esse discurso e a “Capa de Exu” simbolizasse, na sua cosmogonia, o
Diabo, o mal que o personagem deveria enfrentar no dia do Juízo Final, antes de
ascender aos céus.
Conforme Aquino (2006, p. 47) a peça era pouco conhecida pelo público.
Segundo ele, tal fato deve
-
se ao “esforço de braquificação de Arthur Bispo do
Rosário”, empreendido por alguns críticos de arte e também pela imprensa, que não
inte
ncionavam colocar em evidência a negritude ou a presença da cultura de origem
africana em suas criações.
“Capa de Exu”
(LÁZARO, 2006, p. 220
Foto de Rodrigo Lopes)
Não encontrei nas fontes nada que ind
icasse como Bispo entendia a referida
peça. Será que intencionava vesti
-
la? Em qual ocasião? O que ela representava
para ele?
De forma equivocada, Exu é muitas vezes associado à figura do diabo
cristão; descrito como um deus voltado para a maldade, para a
perversidade, que se
ocuparia em semear a discórdia entre os seres humanos. Talvez Bispo tivesse
introjetado esse discurso e a “Capa de Exu” simbolizasse, na sua cosmogonia, o
Diabo, o mal que o personagem deveria enfrentar no dia do Juízo Final, antes de
ascender aos céus.
Conforme Aquino (2006, p. 47) a peça era pouco conhecida pelo público.
Segundo ele, tal fato deve
-
se ao “esforço de braquificação de Arthur Bispo do
Rosário”, empreendido por alguns críticos de arte e também pela imprensa, que não
inte
ncionavam colocar em evidência a negritude ou a presença da cultura de origem
africana em suas criações.
“Capa de Exu”
(LÁZARO, 2006, p. 220
Foto de Rodrigo Lopes)
Não encontrei nas fontes nada que ind
icasse como Bispo entendia a referida
peça. Será que intencionava vesti
-
la? Em qual ocasião? O que ela representava
para ele?
De forma equivocada, Exu é muitas vezes associado à figura do diabo
cristão; descrito como um deus voltado para a maldade, para a
perversidade, que se
ocuparia em semear a discórdia entre os seres humanos. Talvez Bispo tivesse
introjetado esse discurso e a “Capa de Exu” simbolizasse, na sua cosmogonia, o
Diabo, o mal que o personagem deveria enfrentar no dia do Juízo Final, antes de
ascender aos céus.
Conforme Aquino (2006, p. 47) a peça era pouco conhecida pelo público.
Segundo ele, tal fato deve
-
se ao “esforço de braquificação de Arthur Bispo do
Rosário”, empreendido por alguns críticos de arte e também pela imprensa, que não
inte
ncionavam colocar em evidência a negritude ou a presença da cultura de origem
africana em suas criações.





















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UTILIZANDO SOBRAS DE MATERIAIS DISPENSADAS NA COLONIA JULIANO MOREIRA COMO VIDROS, MADEIRAS, PLÁSTICOS, PAPELÕES, GESSOS, GRAVURAS... CRIOU OUTRAS OBRAS DO INVENTÁRIO DO MUNDO.















































































































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